Como faz tradicionalmente todos os anos, a National Geographic publicou um guia das melhores viagens para 2014. Da Argentina até a Austrália, os destinos refletem a imensidão do mundo a se explorar e toda sua riqueza histórico-cultural. A lista é enorme, então selecionamos alguns destinos! Confira:
Northen Territory – Austrália
Sob os olhos atentos dos crocodilos nas vias de navegação do Parque Nacional de Kakadu, o Northen Territory, na Austrália, veste cores que dançam: a terra é vermelho-ferrugem, o céu tem infinitos tons de azul e os rios mais parecem uma enorme paleta de tons verdes e marrons. Ainda assim, são as pessoas que dão vida a esta região de extensão continental.
“Somos mais velhos que as pirâmides e a Bíblia . Não tivemos ditadores. Não há sistemas de castas, nem o conceito de dinheiro “, diz Robert Mills, porta-voz para o povo Larrakia – uma das 50 tribos aborígenes que ainda vivem no norte da Austrália.
Darwin, a capital do Northen Territory, tem clima energético, com um museu interativo da história da região, um cais revitalizado, um cinema ao ar livre e uma enxurrada de mercados cosmopolitas, contrastando harmoniosamente com a exuberância natural das suas partes mais selvagens.
Nyungwe Forest National Park – Rwanda
O Parque Nacional Nyungwe, estabelecido em 2005, exemplifica a clarividência de um governo que está canalizando todo o dinheiro arrecadado com o turismo para preservar o melhor da beleza natural do país – e assim atrair mais turistas, arrecadar mais dinheiro, preservar mais a natureza e oferecer melhores condições aos seus cidadãos.
Apesar de pouco visíveis sob a comum névoa, os chimpanzés são a grande atração de Nyungwe. A maior comunidade do mundo de macacos colobus vive no parque e são de mais fácil vista. Além dos primatas, a reserva conta com quase 300 espécies de aves, o que eleva o potencial da região em se tornar um local de observação – atraindo mais turismo!
No norte do país, os safáris em busca dos gorilas das montanhas no parque nacional de Virunga, também são uma experiência inesquecível!
Puglia – Itália
Gregos e troianos, romanos, godos, normandos, bizantinos e venezianos: todos puseram os pés – e bandeiras – no calcanhar da bota da Itália. A região da Puglia se estende por estratégicos 400 quilômetros ao longo do Mar Adriático e outros 150 debruçando-se no mar Jónico, tornando-se assim uma ligação fundamental entre a Itália e o Leste Europeu. Hoje, os conquistadores são os turistas, especialmente os que cruzam sua costa a bordo de inúmeros cruzeiros cada vez mais comuns na região.
Ao cair do sol, as ruas de paralelepípedos das cidades são tomadas por moradores locais, e pelo aroma do típico ragu, que flutua pelas portas abertas.
Porém, poucos são os que se aventuram além das famosas cidades do litoral – o que surpreende os locais, tão orgulhosos de suas vinhas entre castelos medievais e casas com cônicos telhados de trulli. A Puglia, diz Antonello Losito, um morador de Bari, nunca será uma viagem batida.
Córdoba – Argentina
A recente eleição do primeiro papa jesuíta tem despertado interesse na história desta ordem religiosa, e há poucos lugares melhores para explorar o tema do que a Argentina, pátria do papa Francisco I. Embora o ex-arcebispo Jorge Mario Bergoglio venha de Buenos Aires, a cidade de Córdoba, pouco mais de 720 quilômetros ao noroeste, abriga um dos mais ricos depositários da sabedoria e da arquitetura jesuítica no mundo.
Uma das maiores cidades espanholas do país, Córdoba ainda badala os sinos de 80 torres e igrejas. A Unesco nomeou o centro histórico da cidade como Patrimônio Mundial com base em sua grande densidade de estruturas jesuítas do século 17, incluindo a universidade mais antiga da Argentina.
Um dos locais pode ser encontrado fora Córdoba, em uma cidadezinha bem preservada, estabelecida pelos jesuítas, chamada Alta Gracia – que também é onde outro dos filhos mais famosos da Argentina, Ernesto “Che” Guevara, viveu em sua juventude .
Cathar Country – França
“Somos todos cátaros aqui”, declara um estudante de arte, desenhando no meio das flores aromáticas e arcadas românicas do Claustro Albi de St.-Salvi. Ele se refere à seita cristã ascética e herética que despertou no sudoeste da França nos séculos 12 e 13. Uma vez entrincheirados nas regiões de Midi-Pyrénées e Languedoc-Roussillon de hoje, os cátaros foram reprimidos pela Igreja Católica medieval em uma série de batalhas ferozes, que levaram à sua eliminação. No entanto, seu espírito rebelde vive em meio a castelos grandiosos, trilhas secretas e colinas perfumadas com alecrim, zimbro, tomilho e orquídeas.
Neste Patrimônio Mundial da Unesco e ex-reduto dos cátaros, as placas das ruas indicam nomes em francês e também na antiga língua Occitan. Local de nascimento de Toulouse-Lautrec, Albi presta homenagem ao artista no Palácio Berbie, que abriga a maior coleção de seu trabalho no mundo. Além da cidade, trilhas rochosas se estendem por todas as direções – artérias da história que mantêm viva tradição selvagem da região.
Riga – Letônia
As ruas de paralelepípedos de Riga parecem tiradas de um conto de fadas e combinam perfeitamente com o charme desta pouco explorada capital Báltica. Os caminhos, muitas vezes irregulares, serpenteiam entre casas medievais de madeira terminando em grandes avenidas asfaltadas, que parecem transplantadas de Paris ou São Petersburgo.
Ao longo dessas ruas, a arquitetura narra a complicada história da cidade, com construções ornamentadas que datam dos dias em que Riga foi uma importante cidade portuária. Construídas no século 17, as gloriosas fachadas art nouveau contrastam com os monótonos edifícios do período soviético. Apesar de séculos de dominação estrangeira, o espírito inegavelmente letão de Riga nunca diminuiu entre os habitantes. Agora, após mais de 20 anos de independência, Riga está trabalhando para recuperar o tempo perdido. Seus mais de 800 prédios art nouveau brilham novamente, incluindo o teatro, onde Mikhail Baryshnikov começou sua carreira.
Para impulsionar ainda mais a ascensão da cidade, Riga foi designada pela União Europeia a Capital da Cultura 2014.
John Muir Way – Escócia
John Muir, amante da natureza e fundador do Sierra Club, não era fã de caminhadas, “nem da palavra, nem da atividade”. Ele referia-se à atividade como “passeio” – e garantia que esta era a melhor maneira de saborear os esplendores da natureza.
E Muir encontrou muito para saborear ao longo de sua trilha homônima na Escócia, com colinas varridas pelo vento, pântanos repletos de pássaros e precipícios debruçados sobre o mar.
O Caminho John Muir será aberto em 2014, o ano centenário de sua morte. A trilha de cerca de 168 quilômetros começa em Dunbar, local de nascimento de Muir, e segue pela costa oeste escocesa, passando por maravilhas naturais como o North Berwick Law, um remanescente vulcânico projetado abruptamente para fora da terra, e o Loch Lomond, o maior lago de água doce na ilha da Grã-Bretanha. As vistas das Highlands envolvem os visitantes em seus vastos pântanos solitários, desalinhadas colinas e turbulentos céus – a legítima Escócia que se vê nos filmes.
A trilha passa também por Edimburgo, vigiada por sua fortaleza amuralhada, no alto de uma colina. Leva, ainda, a pitorescas aldeias e maravilhas históricas, como o Blackness Castle do século 15, que se assemelha a um navio de pedra gigante atracado na ponta de um fiorde, e os restos do Muro de Antonino, uma vez barreira do noroeste do Império Romano.A trilha termina na cidade beira-mar de Helensburgh.
Fonte: The Traveller
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